Ela andando na chuva com sua bolsa de couro falso sobre a cabeça, tentando em uma ação quase desnecessária proteger seu cabelo das gotas de água do céu. Entre os passos desajeitados e o meio fio escorregadio seu andar apressado foi interrompido, levando seus joelhos e sua bolsa ao chão.
Em meio as poças Ela tentou erguer-se novamente, a chuva insistia em molha-la, engrossou os pingos.
Na rua encharcada o entardecer estava vazio de pessoas, os pingos cessam apenas sobre seu corpo caído e em frente ao seu rosto, Ela via um par de tênis vermelhos meio desbotados parado ao seu lado a cobrindo com um Guarda chuva, estendendo a mão para ajuda-la.
Quando seus olhos encontraram os Dele
Ela sabia que era ali onde deveria estar.
Já em pé caminharam um tanto mais até o ponto de ônibus,
sem nenhuma palavra, o barulho das nuvens liquidas era estrondoso sendo rebatido pelo chão.
O ônibus logo chegou, Ela foi, Ele ficou.
Ela deixou um sorriso de agradecimento.
Passou o restante do entardecer Feliz pela queda,
Vendo o quanto é bom ter Alguém para ajudar a levantar
Colocou a bolsa pra secar.