Conto gótico II: Ele não voltará para encontra-lá

domingo, outubro 03, 2010

  
   Estava ele, continuando a caminhar, ouviu ao longe um som, mas estranho som, um baque estrondoso, ele não o conhecia, não se importou muito, não podia voltar atrás diante daquela chuva espeça, já tinha caminhado bastante.
   Entrou numa floresta que era de árvores gigantescas, em altura e largura, com folhas de tal forma colocadas pela natureza fazendo com que não se penetrasse nenhum raio de luz no solo e mesmo assim ele seguiu, precisava passar por ela, descer a montanha para chegar até o fim do precipício onde continuaria seu viagem.
   Quando a lua subiu ao céu, ele não sentia sono, apenas uma vontade insesante de continuar caminhando, cansaço? Isso não lhe passava pela cabeça, o que dominava sua mente era as lembranças da sua amiga que ele chamava de Flor, como se ele pudesse ver em cada estrela uma lágrima que ela derramou quando ele partiu.
   A floresta ficou para trás o que via a frente era sua pedras do precipicío, a chuva não cessava, olhava para o alto se lembrando de quando sentava lá em cima para olhar a lua com sua amiga Flor, imaginava se ela estaria sentada lá como de costume.
  Pegou o seu violão e mesmo no escuro, tocava a musica preferida dela, ele deveria prestar mais atenção pois as pedras eram escorregadias, estavam molhadas. Quando menos esperou, tropeçou em algo, seu violão caiu bem longe, seu corpo bateu contra as pedras assim pode perceber o quanto tinha pontas afiadas.
   Não conseguia ver nada e ao levantar-se pegou em sua cintura uma lamparina, a acendeu, se abaixou e ao invés de pegar o braço do violão pegou o braço e uma pessoa, iluminou o rosto dela e a reconheceu era sua amiga Flor!
  Sua lamparina era pequena mas potente. Entre os pingos de chuva viu o sangue escorrendo, não era dela, levou sua mão ao seu pescoço e viu que era seu sangue.
  Sentia que já não tinha forças nem para puxar o ar para seu pulmões, sua garganta foi fechando lentamente enquanto seus olhos não piscavam, olhavam fixamente para aquele semblante frio, de beleza sem vida e muito profunda.
  Deitou-se lentamente ao lado dela, e sorriu ironicamente, ele acabou fazendo o que ela queria, ficariam juntos para sempre.E o sol surgiu no horizonte.
  

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