Dedicado a Dom Casmurro

sábado, outubro 23, 2010

CAPÍTULO LV / UM SONETO

[...]Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dous versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma ideia e encher o centro que falta.
 
Estava eu a ler o livro quando me deparo com estas frases acima citadas, confesso que poemas não é meu tipo de texto predileto, mas não podia recusar a um desafio, então como estava desocupada coloquei-me a escrever tais versos. Sendo que o primeiro deveria ser Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura! e o ultimo Ganha-se a vida, perde-se a batalha! Então segui a primeira ideia de Bentinho que era colocar a Capitu como musa inspiradora sendo ela a flor.


CAPITU
Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
Que em meus pensamentos florece
Este meu coração não lhe esquece
Mesmo que as vezes comigo foste tão dura

Não preciso de esforços pra lembrar de tu
Meu coração triste pulsa e reluta
Como se não soubesse que perdera a disputa
Pois lhe havia cravado teu nome, Capitu

Agora que este não pertence mais a mim
Espero que juntos possamos ficar em fim.
Não me desespero, já que a vida quis assim

Vida que encontrei na ressaca de seu olhar,
Meu coração já não rebela-se, nesse amor trabalha

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